quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Café com brinde


Uma das coisas da qual não abdicamos quando andamos em viagem, é tomar um café, de preferência em locais interessantes.

Foi o que fizemos em Paris, saímos no metro da Ópera procurámos uma esplanada com vista para este magnífico edifício e pedimos dois cafés expresso.

Na esplanada mais chique da zona, no Café de la Paix, onde os funcionários vestem a rigor, fato preto, camisa branca com papillon, e avental preto até aos pés, foi-nos servido o café acompanhado do respectivo chocolatinho, garrafa de água ( em França, vem sempre tudo acompanhado de uma garrafa de água e dos respectivos copos). A conta também acompanhou o café: 5€ cada, nada que não estivéssemos à espera, uma extravagância para uns, um prazer para nós.

Degustámos tranquilamente o café, observando os turistas e os parisienses. Era bom estar novamente na Cidade Luz, ao fim de dois dias de viagem podíamos começar a relaxar.
Mas o inesperado aconteceu. No último golo de café o V. sente algo estranho na boca, cospe imediatamente e surpresa das surpresas uma vespa.

Nestas situações o V. fica logo mal disposto e enojado, os sintomas de intoxicação são imediatos, pondera chamar o INEM. Eu, vejo logo a conta a reduzir.

Chamei de imediato a funcionária que argumentou que a máquina não tirava bicas com vespa, perguntei-lhe logo, se me achava com cara de parva, pois acreditava piamente que a máquina não não tinha culpa nenhuma. Ainda ripostou mas não lhe dei hipótese, o V. o anti-conflito em pessoa, queria pagar a conta e pisgar-se, começava a ficar pálido e começava a questionar sobre as consequências da infusão de vespa, Homens!!.

Eu estava determinada a fazer baixar a conta, insisti e veio o chefe de sala com o mesmo argumento: de que a máquina não tirava vespa com o café, aí... fiz um olhar sério perguntei se estava a gozar comigo, saquei da máquina fotográfica registei o crime, o chefe deu meia volta e regressou com uma nova conta: €5 em vez dos anteriores €10.




Como era de esperar o V. não morreu por ter bebido infusão de vespa e eu poupei €5.

Depois, para desanuviar, achei que era boa ideia arranjar uma caixa para guardar vespas e moscas a fim de coloca-las nos pratos no final das refeições, e não ter que pagar as respectivas contas.
O V. não achou grande ideia, ...he!he!

O certo é, que durante as duas semanas que a viagem durou as vespas não o largaram, era raro o dia em que elas não andavam à volta dele. Costumamos dizer que vamos em lua de mel, está visto, eu devo ser a lua e ele o mel, he!he!

1 comentário:

  1. Bela história! =)

    É destas que a malta quer ouvir: aventura, suspense e dinheiro... tudo misturado!

    *clap* *clap* *clap*

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